segunda-feira, 27 de abril de 2009

Escrevendo Percursos pelo Espaço - Espaço Corpo/SescCopa

Abaixo deixo disponivel meu percurso e relembro a quem se motiver a escrever um também de poder compartilhar aqui pelo blog ou pelo e-mail: guto92@hotmail.com


"estou em contato com o chão, sinto as partes que tocam e as partes que nao tocam, sinto minha respiraçao, aos poucos começo a mobilizar os meus ossos e a pesquisar os varios apoios que aos poucos vai desenhando meu corpo pelo espaço em outros niveis em relaçao ao chão, as vezes sinto vontade de fechar os olhos e as vezes quero abrir, permito esse dialogo; em determinado momento meu olhar começa a identificar outros olhares que compoem o mesmo espaço onde esta meu corpo e começo a me locomover em relaçao aos espaço negativos, os espaços vazios que todos esses corpos vao simultaneamente e continuamente ocupando; de repente um desses corpos me toca e um pequeno dueto se desenvolve, depois mais um corpo nos toca e formamos um trio, quando em algum momento sinto vontade de descolar do trio pra observar novamente o espaço num angulo mais amplo e nao tao fechado, e assim vou me permitindo diminuiçoes e ampliaçoes de angulos de observaçao, me permito tambem abrir ou fechar os olhos, me permito ainda escolher mover dinamicamente pelo espaço ou apenas margear esse espaço formando um campo de concentraçao energetica para a potencia do movimento eclodir, e assim todos vao pulsando e achando uma pulsaçao conjunta e formando uma grande roda que inspira e experia, que contrai e expande, que pulsa, que é viva!!!" (aline)

domingo, 26 de abril de 2009

Contato Autentico no Espaço RAMPA - Inscreva-se

No mês de maio o Contato Autentico estará no Espaço RAMPA, em Copacabana, com a proposta de compartilhar os procedimentos da nossa pesquisa e de agenciar um Corpo Coletivo. Qual será o nosso percurso? Venha pesquisar com a gente!!!


Durante 5 sextas feiras, de 17h as 19h, a partir de 8 de maio, com uma finalização no dia 06 de junho, um sabado, para a Jam Roda Viva, estaremos traçando mais um trecho do nosso percurso!


Aproveite a promoção de inscrição até o dia 30 de abril e garanta a sua presença na nossa roda
R$ 120,00 (30/04) / R$ 150,00 (07/05) / R$ 180,00 (08/05)


"a cada instante do encontro, descubro no otro um outro eu mesmo" (Barthes)

terça-feira, 21 de abril de 2009


E QUAL SERÁ O PERCURSO DE CADA UM NA RODA QUE SE FAZ CORPO?


(essa é a parte final da postagem de hj. Deve-se ler de baixo p/ cima. Vá até onde está o título O PERCURSO SE FAZ... ao lado da foto de Sogu (Soraya e Guto) e vem subindo, testemunhando, vendo, saboreando, ...)


21 de Abril de 2009 16:02


Com uma forte pressão no meio do peito, finalizando essas postagens, sinto o pulsar do meu corpo!... uma combustão etro-química me arrepia! Nos veremos em carne e osso a flor-da-pele na quinta, dia do Santo Guerreiro. Por favor, escrevam numa folha branca algo sobre o percurso de cada um, ... lembram? eu pedi na quinta passada!


É preciso também que haja silêncio dentro da alma.


Abrindo vazios de silêncio... Expulsando todas as idéias estranhas.
Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala.


Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio.


Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.


E então, escreva algo sobre um possível percurso entre você e o chão, passando pelo o espaço, o outro,...


“ a cada instante do encontro, descubro no outro um outro eu mesmo...” ( Roland Barthes)
Até chegar na Roda!!!
OK? Aí a gente experimenta algo lá no Espaço Corpo...

... e mais a noitinha, somos todos convidados para a abertura da exposição do nosso grande Jorge, autor-criador que nos testemunhou e presenteou com essas fotos fabulosas!
Guto Macedo.

"Um beijo e inté o dia de São Jorge.

Assim nos preparando para a Jam-Roda Viva com os amigos convidados. O círculo de alarga e inclui mais testemunhas."

Soraya Jorge

"... para comunicação."

"Temos, além dos tels e emails, esse blog..."
...e Soraya Jorge continua,

"Quero desejar o tanto quanto construir sonhos dançando.
Vamos ficar atentos aos nossos desdobramentos?"

O PERCURSO SE FEZ RODA NO CORPO ... TESTEMUNHE!


19 de Abril de 2009 06:42


Acordo nesse domingo pensando nas jornadas pessoais e coletivas que estou vivendo nesse momento. São em mim inseparáveis enquanto rede de experiências, mas com detalhes especiais enquanto sensações íntimas.Nessa atmosfera de ainda final de semana, já que hoje é sim o dia em que me debruço sobre minhas dobras e arestas, penso em nós. Nós, coletivo que está quase fazendo dois meses de convivência noSESC. Próximo de um final de ciclo, sinto-me com meus braços estendidos e com minha presença mais volumosa.


Espero e desejo que essa rede continue se construindo em nossas parcerias. Para se estar junto, para se estar na escuta de nossas danças, sei em mim , que preciso lembrar o quanto é bom compartilhar, indo, muitas vezes, contra a pulverização de nossos laços pela rotina do dia a dia.
Soraya Jorge

sábado, 4 de abril de 2009

Depoimentos do Processo - Março 2009

"e a nossa roda vai se formando..." - abaixo alguns depoimentos do nosso encontro durante o mês de março no Espaço Corpo do Sesc-Copacabana:


Experiência vem sendo a palavra dita em muitos níveis pelo meu corpo. Essa q vem de maneira individual ou coletiva mas sempre de olho (aberto ou não) no espaço. Uma delícia, que alcança o êxito tão e somente porque existe o grupo! Obrigado a todos! / SoGu, adoro esse apelido conjunto. Dá uma idéia real da importância dessa união. Essa que possibilita a transformação dos corpos (coisa q vem de dentro pra fora) ali presentes! Sinto também que as conexões começam a existir de maneira mais profunda, devido sem dúvida ao tempo e a entrega de cada um de nós. Espero que consigamos formar nosso alfabeto de SoGus, BruPus, MaJes, ResTus, e por aí vamos!Mais uma vez e sempre, obrigado a todos! (Bruno Marcos)


...e seguir com a experiência que faz o corpo falar experiência, escrevendo a palavra experiência, se entregando a experiência, se tornando a experiência... traz a beleza e como disse o poeta "...a dor e a delícia de ser o que é..."!... MOVER E SER MOVIDO!!! Vamos com o CG p/ frente e com todos os outros inimagináveis centros dentro fora perto longe pulsar juntos!!! Obrigado Bruno por iniciar essa conversa escrita e a todos pelo comprometimento das presenças em carne e osso no SESC. Vamos dar prosseguimento a nossa busca do Contato Autêntico! (Gu!)


Antenada estremece, vôa, rasteja, nada...Testando experimento testemunhar e mover. Vejo, acolho, ofereço.Tudo dentro e fora, perto e longe. Contexto: o universo.Compreendo poeticamente e estremeço.Julgo, analiso. Tudo me serve, sou eu o diverso.E serve ao outro (eu) anjo reverso.Há muito me sei antena do outro (eu) preverso. (Bere)



Tem sido muito interessante participar desses exercícios. Fiquei tomado pela proposta. Duas palavras são importantes para ressaltar nesses momentos. Troca e observação. São questões primordiais a serem colocadas e experimentadas nos exercícios de relacionamento. Tem sido uma troca de experiências muito gratificantes. (Luiz Cláudio Martins)


Reconstruir o corpo, respeitá-lo, viver seus limites. A roda, o acolhimento,o contato, o olhar do outro. O prazer no movimento. A plasticidade, o invólucro, a pele, a percepcão óssea, deslizar, mover a partir deles, o tato, o contato. Obrigada por me permitir. / Mover-se no espaco, mover-se no corpo, mover-se com o corpo, ser movido. Para onde o movimento flui? para dentro ou fora dele? (Leila da Cunha)


O movimento fica no ar, entre um encontro e outro, impossível de capturar, por isso apaixonante. Contar o que se viveu mostra já um outro corpo. O corpo do dia que perdeu parte da história de ontem. Só uma possibilidade, a transformação. Conta-se não para lembrar, mas para esquecer, para criar novamente a história. A cada dia, uma página em branco. Uma espera, pausa para começar com o novo que se apresenta. Escuta, o que o chão diz sobre meu corpo hoje? Pausa para o silêncio do conhecido, do nome, da roupa, dos gestos, de tudo o que é meu. Que possibilidades me apresenta o vazio? A percepção vai alinhar interior e exterior. O vazio da roda está dentro. Fecho os olhos, posso ver. Um imenso espaço por dentro, infinitas possibilidades de percorrê-lo. Por onde? Há uma escolha? Qual o critério? Pensando, nada compreendo. Calma, aos poucos os desenhos se formam. Como se desenha sem olhar para a linha que marca o papel, a mesma confiança do gesto, seria possível a palavra descansar do racional?Caminho, diferença, gente, útero, fisgada, furacão, cuidado, joelho, crista ilíaca, períneo, abraço, chão,diferentes planos, desequilíbrio, pontos, apoios, roda, de olhos fechados, testemunho, confiança, aconchego,ar, zero....ponto zero. Ecoam em meu vazio as seguintes perguntas: como é caminhar lado a lado, quando sei que vamos nos separar, como posso saber que o outro vai sair, como posso mostrar que vou seguir outra direção? Esse vazio turvo e inquieto no qual me movo é o indício de algo parcialmente novo. Fazer a passagem para a matéria escrita, a palavra concreta é o desafio dessa hora. Onde reina a beleza da dança é onde falta a palavra e o corpo inteiro fala. Por onde falta, não se sabe o que lhe faz falta, na insuficiência crônica que não conhece nenhum alívio e por isso continua procurando pelo movimento. (Movedora)


Postou-se no chão. Grudou-se nele. Deslizou. Roçou-se, para limpar-se.
Entregou-se.
Escutou-o.
Ele dizia - entre batidinhas, suspiros, arrastadas e uma espécie de mar ao fundo:
-Tô te escutando!
"As palavras me coisam", diz Manoel de Barros. Esse poeta pantaneiro gosta que as palavras peguem delírio, tal qual Mário Quintana, outro velhinho simpático, porto alegrense, que dizia: "eles passarão, eu passarinho". Pois as palavras me dançam. O chão me dança em nossa amizade e a cortina me dança em seu olhar de veludo e outro corpo me dança em sua proximidade e o escuro das minhas pálpebras me dança em seu toque. Isso quando eu estou nas terças e nas quintas. Mas algo aconteceu: o tempo se dilatou e aí convido o chão da rua pradançar (o pobre vive sendo pisoteado), aí a escuta do chão do SESC ecoa na escutade um grupo de crianças em uma clínica e o toque de alguém se amplifica emreverberações ao acordar de manhã. Um dia eu faltei. E não pude resistir: tive que mover com as palavras. As palavras me dançam, saltitam à minha frente, evocadas em uma memória decorpo que... quer mover. As palavras, justo elas, que me impediram uma quinta-feira, elas que me prenderam à cadeira quando eu queria dançar comochão da NOssa Senhora de Copacabana até decolar no SESC com o escuro das pálpebras para antenar em um toque de corpo por perto. Mas elas não sabiam, as palavras, que elas mesmas são matéria para mover (ous erá que sabem?). E então me vingo delas, das palavras, fazendo o mesmo que fiz na última vez que houve terça. Lá eu fiz delas movimento, do limão limonada, do peso leveza, lá quando todos acolhemos nossa raiva - ao menos a minha, das palavras! - e descoisamos elas. Alguéns testemunharam. Agora eu envergo elas, as palavras, e deliro elas, e decolo elas, simplesmente porque. Não posso deixar de dançar. (Alice)